2/12/2010

Time do povo ou do marketing?

O monopólio do Marketing do Corinthians é notório para quem acompanha o dia-a-dia dos bastidores. O acerto das campanhas como as ocorridas com a Camisa III nos últimos 3 anos, demonstram que as propostas estão longe de serem populistas e tão pouco democráticas.

Fruto de uma mente que foge do comum, Rosenberg implantou o roxo a força, justifica seus atos pelos números, pois longe de agradar aos torcedores de arquibancada, quer atingir outros tantos que são consumidores e estão longe das discussões sobre “tradição” que vem das organizadas.

O lançamento da cruz roxa mobilizou uma revolta geral, mas para justificá-la, o marketing anunciou que ela é vendida 1 por minuto, superando a meta inicial. Como? Pois é, para os tantos outros torcedores que, silenciosamente, gostaram da camisa.

Na ideologia do Rosenberg, quanto maior a discussão, maior a exposição e maior a venda. Eu particularmente acho isso um tremendo absurdo, pois eu colocaria duas ou três versões de camisa, abriria votação e no final venderia uma camisa tão bacana e popular, que ultrapassaria qualquer meta, mas acho que não entendo nada de marketing.

Agora a discussão é se a camisa fere o estatuto, oras, se está no regimento do Corinthians Art. 132 §5º: “Excepcionalmente, nas datas comemorativas, em torneios internacionais e outros oficiais, atendendo as necessidades do mercado, as cores tradicionais poderão ser diferentes, destacando-se, todavia, o escudo tradicional.”, entende-se que o distintivo pode sim ser dourado pra alguns, para outros não. O que é o distintivo tradicional?

Discutimos mais uma vez sobre o assunto e o Rosenberg ganha outra, com um sorriso de orelha à orelha, provavelmente dizendo: “Tá vendo Andrés, agora quem não tinha visto, vai ver e vai comprar, enquanto o pessoal continua discutindo”. Numeros crescem e a indignação também.

Para quem sairia ao final de 2008, trouxe Ronaldo, abriu as portas para tantos outros investimentos, vai pra Stock Car, digamos que a discussão do Roxo é uma bela cortina, não entendo que a discussão e revolta seja o objetivo, repudiamos e pronto. Que tal reclamar do site do clube? Que tal exigir mais de outras pastas além do futebol? Que tal ter camisa feminina das camisas de jogo? Que tal pensar nos extra-gordinhos que não tem camisa oficial?

O que precisamos para sermos ouvidos é ter postura de oposição e não apenas “do contra”, pois somente assim, mostrando as falhas e buscando alternativas, que atingiremos os objetivos de ter um time tão popular, populista e igualmente democrático, um time do povo e não um time do marketing!

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