1/25/2008

Mais pano pra manga

O Corinthians é uma enorme vitrine, sem nenhuma sombra de dúvida.
 
O acordo feito com a Medial Saúde é excelente e ainda é o maior contrato de patrocínio no Brasil, apesar do Corinthians estar na segundona do Brasileiro deste ano.
 
A Samsung não tinha como avaliar tal espaço e, conforme contrato, tentou renegociar, afinal dinheiro e paixão não caminham juntas e negócios são negócios. Saiu e agora está questionando o impacto negativo, visto que sua saída culminou a chegada de um patrocínio ainda maior e que continua chamando a atenção.
 
Por contrato, o que é feito na maioria dos casos, existe a chamada clausula de exclusividade ou direito de uso, pois o espaço é do patrocinador. Dependendo do caso, do contrato, da forma que é conduzida a negociação, para se chegar a um valor maior, o clube pode estrangular algumas alternativas, como por exemplo, a exploração das mangas.
 
Isso não é nenhum absurdo, para exemplificar, o São Paulo não recebe nenhum valor pela propaganda da loja Fast Shop estampada em sua camisa, pois o valor é integralmente repassado para a LG. No Palmeiras, a Suvinil apareceu nas mangas, mas o contrato com a Fiat é guardado a sete chaves, mas provavelmente também tenha um certo percentual para a Fiat pelo patrocínio da manga. O fato é que no final, todo mundo sai ganhando.
 
No Corinthians, as mangas podem ser negociadas onde primeiramente o patrocinador é convidado a cobrir o valor ofertado pagando-se os 15% da proposta oferecida ou optar por captar 85% do valor ofertado.
 
Digamos que, por exemplo, a Vivo ofereça a quantia de R$ 6 Milhões, a Medial pode optar por cobrir o valor pelo pagamento de R$ 900 Mil ao Corinthians e colocar a propaganda que bem entender (a Medial pretendia colocar sua assistência odontológica) ou receber uma bonificação de R$ 5,1 Milhões permitindo um novo patrocínador na manga da camisa e ainda assim, o Corinthians receberia os R$ 900 Mil a mais.
 
Concretizando-se tal negociação, o maior patrocínio de um clube brasileiro seria ainda maior. E pensar que ano passado ainda teve membro do CORI que sugeriu usar a trazeira do calção como fonte de renda para o clube, uma verdadeira piada.

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