O final de semana foi marcado pelo meu encontro com um grande amigo jornalista, que como eu também é torcedor do Corinthians, porém nos últimos 3 anos vem se especializando em cobrir o time do Palmeiras.
Numa conversa pra lá de franca, perguntei os motivos dele optar por cobrir o arquirival do que setorizar o alvinegro, queria entender melhor se era falta de opção, mercado, oportunidade, etc.
Após alguns minutos de piadinhas inevitáveis, ele me pergunta: “– Vamos tomar a hipótese que o seu time de coração fosse contratar o melhor meia do futebol europeu e você tivesse a informação, mas que se você a publicar, pode melar o acordo. Você publicaria?”.
Pensei e mandei um: “– Depende!”. Afinal uma informação dessas não estaria apenas nas minhas mãos, mas eu poderia ter o crédito de ter revelado primeiro, afinal quem não queria?
Meu amigo revelou que não poderia prejudicar o time de coração e manter imparcialidade necessária da informação. Como esconder uma briga interna? Não revelar que o atleta saiu com aquela conhecida garota de programa? Que o treinador impõe longas concentrações pra poder trair a esposa? O atacante que faz charminho pois não treina e o zagueiro que monta panela dos preferidos e que viram titulares mesmo com deficiência técnica? Como falar do seu time sem prejudicá-lo?
Comecei a refletir bem sobre o assunto, até num caso recente com o nadador Cesar Cielo, que “quase” assinou com o Corinthians, mas por força do medo, refugou de nadar nas piscinas do PSJ e aumentar seu rendimento com os patrocínios de uma empresa de duchas, de uma escola de ingles, de uma compania de saneamento e de um supermercado. Será que o anuncio de bastidores antecipado melou a contratação? Será que casos como os de Riquelme e Ronaldinho Gaúcho não passaram pelos mesmos critérios?
Por outro lado será que os setoristas dos clubes que são torcedores dos times estão passando informações consistentes ou ‘passando um pano’ como dizem na gíria do futebol? É pra se pensar…
Eu não quero prejudicar o Corinthians, acho válido reclamar de situações erradas, coisas que não considero que estejam 100%, pois acredito que o time e o clube melhoraram, mas pouco pelo que conheço de potencial. Ainda existem brigas internas, gente que quer mandar mais do que o outro, confundindo poder com doação.
Meu colega pediu-me sigilo de seu nome e veículo para o qual trabalha, pois não quer que isso influa no seu dia-a-dia. É um trabalho invicto e deliciosamente dramático, como ele mesmo gosta de falar.
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