Um mês depois de assumir o Corinthians, vejamos um balanço da administração de Andrés Sanches, que ele mesmo diz que não é uma administração dele, mas uma transitória para arrumar a casa, é uma "Administração Corinthians".
O Ministério Público, o GAECO e a Polícia Federal estão constantemente elogiando Sanches pois as investigações, que antes eram apenas sobre a parceria MSI/Corinthians, agora encontra outras frentes, que vão desde irregularidades nas categorias de base, no social e no futebol. Tudo que é descoberto é imediatamente comunicado para investigação, porém devido a todo esse caos, a promessa de uma auditoria independente feita antes das eleições ainda não foi concretizada.
Existe a promessa de que uma prévia contábil seja anunciada no site oficial do clube em duas semanas, mostrando parte do rombo, porém Sanches admite que está complicado completar o quebra-cabeça, pois havia superfaturamento em diversas áreas, como na compra de pães e no cloro das piscinas, além de horas-extras abusivas que motivaram Sanches a acabar com elas e voltar com o velho e bom cartão de ponto.
Sanches anunciou uma gama de vices e diretores, alguns bons nomes, outros velhos conhecidos, mas tem agradado a maioria dos sócios, conselheiros e torcedores. A ogeriza inicial deu margem à um 'voto de confiança' até o primeiro deslise, assim, constantemente vigiado e fiscalizado, Sanches vem dando a cara a tapa e sem falsas promessas já adiantou que 2008 a luta continua, pois haverá poucas mudanças no time.
Uma das mais recentes nomeações no Corinthians foi motivo de uma incomodada discussão. Ciliinho assumiu a base do clube, desagradando o ex-goleiro Ronaldo que desejava o cargo para o colega Wladimir. Neto e Márcio Bittencourt, também partidários de Sanches ficaram descontentes com a nomeção. Internamente, dizem que o veto ao nome de Wladimir aconteceu por conta de seu apoio a Waldemar Pires e Paulo Garcia, derrotados na eleição. Cilinho terá que tirar leite de pedra para agradar gregos e troianos.
Rever contratos e prestadores de serviços, reavaliar compras, verificar negociações, ajustar cargos e salários à realidade. Realmente não é do dia pra noite que tudo mudará. Sanches tem convicção que o social não é a sangria que seu maior opositor, Citadini, vem pregando. De certo ele quer separar o futebol do social, mas para que cada um seja gerido de maneira independente. O que mostra que Dualib fazia tantas parcerias dentro do PSJ que transformou o clube num monstro de sanguessugas e que, felizmente, parecem ter seus dias contados.
Oferecer bexigas, ajuda em caravanas, painel eletrônico incentivando a torcida a gritar numa só voz, telão no PSJ, campanha contra a pirataria, entre outras coisas, são pequenas atitudes que deveriam ter sido feitas à muito tempo. O clube precisa entrar numa nova era, ter uma administração coesa, coerente, organizada, transparente. A entrada de Sanches foi positiva, bem como seria a entrada de Paulo Garcia, o Corinthians finalmente mudou.
Um mês depois sinto que os problemas com relação a diretoria aparentemente diminuiram, mesmo quando um nome duvidoso é anunciado, a vigilância é tanta que a imprensa está adorando a atual cobertura do Corinthians, tanto que já se esqueçeu do campeão (quem foi mesmo?), pois segundo Sanches, qualquer história deverá ser confrontada diretamente com ele.
Se fora de campo as coisas estão melhorando, só falta agora dentro de campo, o time se livrar de vez do rebaixamento, brindando um novo tempo do Corinthians e quem sabe, pro centenário, um novo Corinthians renascerá!
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