11/12/2012

Depenando o periquito!

Meu pai sempre me alertou sobre gastar mais do que se ganha.

Ao completar 18 anos, trabalhando e com conta em banco, me deram cartão de crédito e limite em conta.

Apesar dos avisos de meu pai, torrei o limite de crédito em roupas e gastei o cartão de crédito em eletrônicos a perder de vista.

Foi sensacional, afinal peguei roupas bacanas e andava descolado com um toca cd estilo walkman, sucesso na época.

Porém, veio a conta. E assim senti o gosto amargo do vem fácil, vai fácil.

Passei 6 meses para cobrir a conta e outros 6 meses para sair do cartão de crédito. Me lasquei o ano todo.

Aprendi muito com esse episódio. Inclusive prometi para eu mesmo que nunca mais aconteceria. Limite de conta é para emergências e nunca se parcela no rotativo do cartão de crédito.

O que isso tem de relação com a eminente segunda queda do rival? São situações parecidas, afinal o Palmeiras já caiu fazem 10 anos e agora depende de um milagre para escapar.

Abusou do limite, gastou demais, entrou no rotativo. Chegou a conquistar a Copa do Brasil, mas e o preço? Chegou o momento de pagar as contas, depois de se encher de dívidas.

Cair não é o fim, mas pode ser um recomeço. E olha que nem estou colocando o Corinthians como exemplo. Temos o Grêmio que já viveu situação parecida.

E não adianta fazer uma boa campanha na segundona, tem que subir em planejar. Nos bastidores, ter uma diretoria que resolva, que dê a cara a tapa, que tenha o apoio dos sócios e da torcida. O primeiro passo: Eleições Diretas.

No Corinthians, o céu está azul, mas algumas nuvens circulam e tem quem aposte na chuva. Apenas como exemplo, temos o patrocínio master da camisa o novo calcanhar de aquiles da atual direção. As coisas estão boas, mas não dá para relaxar. Nunca.

Sinto um misto de satisfação e dó. Satisfação, pois como rival, quero ver o time na pior posição possível, apesar que adoro assitir ao derby, o qual temos levado vantagem nos últimos anos. E dó, pois não adianta lutar contra um inimigo derrotado. Vencer um rival forte, mostra que estamos fortes. Fora que o Corinthians não é o mesmo sem ter um Palmeiras para bater (no bom sentido).

Vejo gente disposta a reconstruir o Palmeiras, torcedor que hoje é sócio e que pode fazer a diferença. Vejo também que precisamos olhar mais para o próprio umbigo, o episódio do Palmeiras novamente na segunda serve de alerta, para não deixar levar-se pela boa fase. O Corinthians não é imbatível, mas precisa ser sempre competitivo e para isso acontecer, começa na direção do clube.

Quer mudar a história do Corinthians? Quer ajudar realmente a levar seu time para outro patamar da história do futebol? Você realmente acha que os outros clubes vão ficar estagnados no tempo? Depende de mim, depende de você. Como? Que tal ser sócio? É um bom começo. Depois? Apoiar a criação de uma nova categoria de sócio. Depois? Melhorar o Fiel Torcedor. Depois? Ter tantos sócios que ter ou não ter patrocínio máster, será apenas um “detalhe”, tal qual outros clubes na Europa.

Sempre é possível chegarmos mais alto. Assim como o exemplo do rival, também é possível afundar novamente. Fica o alerta.

 

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