O desespero bate a porta do rival ao solicitar a anulação de uma partida por algo que dificilmente poderá ser comprovado que é o uso de uma ação externa para anular o gol de mão marcado pelo atacante deles.
A segunda divisão pela segunda vez após 10 anos, pode ser o divisor de águas necessário para o clube que sempre dependeu de parcerias e parceiros para atingir seus objetivos.
O processo me fez lembrar que ano passado, na vitória por 5x0 contra o São Paulo no Pacaembú, o derrotado saiu esbravejando que anularia o jogo por conta da utilização de bolas piratas (não oficiais). Dá pra provar? E mesmo provando, como afirmar que um único time foi prejudicado? Complicado.
Pois bem, a defesa jurídica do rival vai argumentar 5 pontos para justificar a anulação da partida:
1) A declaração da repórter da TV Bandeirantes, Taynah Espinoza, que afirmou que o delegado Gerson Antônio Baluta questionou os jornalistas se havia sido mão.
2) A entrevista do presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Aristeu Tavares, ao Canal Fox Sports onde afirmou que o quarto árbitro viu alguém de camisa verde tocar a mão na bola. O time jogou de camisa branca.
3) O vídeo divulgado pelo Canal SporTV com a leitura labial do árbitro Francisco Carlos Nascimento, que questiona o auxiliar se alguém tocou na bola e não recebeu resposta. A defesa combate que isso demonstra que nenhum auxiliar viu o lance.
4) A súmula do árbitro, que descreveu que 'nada houve de anormal', será usado contra a arbitragem, evitando confessar um erro de direito.
5) A conversa do médico do rival, Vinicius Martins, com o delegado Baluta, na sala do exame antidoping, em que Baluta teria dito que 'dormiria com a consciência tranquila mesmo se não fosse mais escalado'.
Como podem notar, não existe um argumento forte e honestamente, ainda que tenha sido usado um recurso externo, foi um gol feito irregularmente, ou seja, salvo se alguém assumir a culpa, a partida não será anulada.
Por outro lado, mostra que o rival está empenhado em usar todos os recursos possíveis, inclusive ganhou duas semanas para "respirar", precisando vencer 4 em 5 partidas, para escapar do vexame.
Em 2007, o Corinthians tinha um time medonho e caiu, muita coisa aconteceu naquele campeonato, até uma penalidade ser batida repetidamente até ser efetivamente marcada. Torcidas rivais se uniram para debochar e vibraram com a queda.
Queda essa, infelizmente necessária, pois uniu a torcida e clube, o time superou-se, voltou em grande fase, encontrou com o Fenômeno um amor ainda maior e quem diria, depois de tudo, seria campeão Brasileiro e da Libertadores, com a maior média de torcida, com os maiores patrocínios e com um estádio.
Fico pensando naquele 2007 vergonhoso, quando caimos e voltamos sim, na bola, de cabeça erguida e com muito orgulho.
Quem sabe chegou a hora do nosso rival, não ter seu momento de reflexão, de corrigir os erros, de permitir o voto dos sócios, de voltar a ser aquele rival do passado que dava trabalho pra vencer.
Só lamento que ano que vem, confirmando-se a queda, não tenhamos 6 pontos garantidos no Brasileirão. Faz parte.
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