5/25/2010

Vamos nos reunir para um bate-boca?

Todo mundo quer construir um estádio para o Corinthians. As boas almas já fizeram de tudo: Cooperativa, carnê, arrendamento de estádio público e privado, terrenos em Itaquera, Interlargos, São Caetano, Vila Maria, Barueri, Guarulhos, Anhanguera, Diadema com os inúmeros projetos da Hicks, de Construtoras e de Grupos.

Todos terminam em uma lamentável piada com requintes políticos e interesses diversos entre comissionamentos e favorecimentos em prol do que seria um benefício, mas poderá sair caro ao Timão.

Ontem houve bate-boca na apresentação show da proposta levada pelo presidente do Conselho, Carlos Senger, que alardeou para os quatro cantos que estava com uma proposta concreta e caminhou sob um caminho torto de apresentar o projeto sem antes ter aprovação da direção do clube, alias, o termo correto, a revelia da direção.

Natualmente Rosenberg defendeu o emprendedorismo, ou seja, o Corinthians não precisa abaixar as calças para ter seu estádio, lucros devem ser repartidos, já que a obrigatoriedade de levar o Corinthians ao estádio tem de existir compensações.

Citatini pediu transparência, claro, está de fora das principais decisões do clube pois suspeita-se que seja uma das pessoas que forneceria informações privilegiadas para setoristas e periódicos.

Edgar Soares defendeu o projeto, que de novo nada existe, é o mesmo que apresentou antes, mas enfeitado de oficios e definições, bem como a tal carta de crédito, desta vez chancelada pelo Bradesco e Banif.

Mas o Corinthians não tem somente esta proposta, então cadê as outras tais que estão falando?

Uma reunião desnecessária, um constrangimento com os investidores que mostrou, para todos os presentes, que o Corinthians por conta própria, não espera por um estádio no aniversário de 100 anos, quem sabe se o governo doar por conta da Copa? Como disse, piada total.

O episódio de ontem mostrou bem como é o Corinthians nos bastidores, conselheiro discutindo com diretor que discute com presidente que debate com o Conselho Diretor que retruca com o Deliberativo e conselheiros fazendo carnaval no circo.

Fico profundamente envergonhado de colocar os nomes das instituições que vem oferecer uma possibilidade em volta de bate-boca, discussões e diversos donos da verdade, cada um armando a sua para dizer que se o projeto não for com o nome de quem indicou, não presta. Um monte de crianças donas da bola.

A diretoria do Corinthians está ciente da proposta apresentada e possui sim, outras propostas, mas nenhuma delas está de acordo com as vontades do clube, que se não forem aceitas, continuará mandando seus jogos no Pacaembú, Barueri ou Maracanã, pois a receita futura não substitui a receita atual.

Quais são as outras propostas? Bom, para o bem do Corinthians, que se mantenha em sigilo como ocorreu até o momento. Assim não cria uma expectativa desnecessária como se no centenário fosse obrigação ganhar títulos, ter estádio e fazer tudo o que o Corinthians não conseguiu fazer em 100 anos de história, completar em apenas 4 meses.

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