4/15/2008

A mão que balança a rede

Pela manhã, meu amigo Douglas, que é torcedor do São Paulo, apareceu no messenger falando sobre 'o caso da mão do imperador', e questionando um posicionamento imparcial meu, já que não sou parte interessada e poderia dissetar com maior propriedade.
 
Ao amigo, confessei que me frustra o futebol não evoluir. Hoje, em quase todas as atividades desportivas, a tecnologia está presente. Veja no tênis, onde o jogador na dúvida, pode recorrer ao sistema eletrônico para definir se a bolinha bateu ou não na risca. Na natação existem sensores de toque nas piscinas, acompanhadas de uma câmera de vídeo que impede o sistema de ter falhas.
 
E a ironia, a mesma imagem do Adriano marcando com a mão, momentos antes a imperceptível falta dentro da área, no puxão da camisa, Adriano sofrera penalidade. Um erro não justifica o outro, tão pouco condenar o árbitro, a bandeirinha e os seus patrões no comando dessas autarquias cegas.
 
Alegar que o futebol tem de ser igual em todo o mundo e que esta tecnologia não poderia ser aplicada nas séries inferiores e em locais mais pobres é uma justificativa continuista da burrice, pois o futebol não é igual no mundo todo. Apenas como açlguns exemplos, temos nas séries inferiores e de acesso: locais sofriveis, campos quase de terra, arquibancadas de madeira e árbitros fora de forma. O lance polêmico é gravado pelo torcedor em sua camera digital e o assunto é debatido na mesa do bar. Ironia a parte, não tem como o futebol ser único, então que façamos do principal o exemplo.
 
Lances como este, poderiam ser melhor avaliados, o árbitro não carregaria o fardo de ser humano e passível de errar, o bandeira não precisaria ter olhos de águia e os erros não seriam tantos, tão pouco capitais, acabariam os jogadores atores, os firulas, as faltas fantasmas e tantas outras coisas que reclamamos. O futebol ganharia qualidade, agilidade e principalmente coerência. Seria o fim do 'chororô' dos dirigentes e clubes de futebol e, no caso do Adriano, ao invés do gol de mão, a penalidade. Com tal tecnologia, poderia também ser o fim o empurra-empurra dentro da área, né não?
 
O fato é que, foi gol, tá marcado, o jogo acabou e sobrou a discussão. No futuro, este assunto dificilmente será abordado, só o título será lembrado.

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