Um sinalizador atingiu e matou o boliviano Kevin Espada. Doze torcedores suspeitos foram detidos e continuam presos até hoje.
Em decisão provisória, o Corinthians foi punido com a suspensão da torcida em seus jogos pela Conmebol, apesar de não ser o mandante ou ter qualquer gerência sobre a partida.
Identificado, o atirador é um garoto de 17 anos, integrande de uma torcida organizada. Se entregou no Brasil, mas despertou suspeita de que seria um laranja por parte da mídia. Dizem até que ganhou bolsa de estudos, reforçando tal suspeita.
Peritos brasileiros, com base nas imagens e fotos, confirmaram que foi realmente o menor que atirou e também identificaram um cúmplice, que segurava a mochila com o sinalizador. Ambos estão no Brasil.
Torcedores indignados com a decisão de jogos sem torcida e por terem comprado os ingressos antecipadamente, reinvindicaram o direito de assistir a partida de portões fechados na Justiça, revoltando o clube e boa parte da torcida que não teve o mesmo tratamento.
A Conmebol decidiu que o Corinthians não teria direito a torcida nos jogos fora por 18 meses, liberando a torcida nas partidas como mandante. Ainda existe esperança da diretoria de reverter essa pena. Afinal, mais uma vez, o Corinthians não era o mandante da partida.
Torcedores do Corinthians fizeram protestos na frente do Consulado Boliviando em São Paulo, pedindo a libertação dos 12 torcedores presos, ao entendimento geral, inocentes.
O clube tenta contato pelo consulado e de maneira oficial com a família de Kevin Espada. A família pediu um prazo. Porém o pai do garoto, Limbert Beltran, reclama abertamente na mídia da falta de cortesia do clube, que sequer ofereceu condolências.
O tio do garoto, Jorge Ustarez, culpa o clube por entender que o Corinthians financiou a torcida organizada. Diz que a família procurará seus direitos na Justiça. O que justificaria o fato da família postergar qualquer encontro.
Hoje, recebemos a noticia de que a família do garoto recusou qualquer ajuda por parte do Corinthians e que a CBF marcou um amistoso entre Brasil e Bolívia em que a renda será revertida integralmente para a família de Kevin.
Tudo o que foi dito acima são fatos conhecidos pelos torcedores que tem acompanhado o caso pela mídia, mas um crime não pode motivar outros como o de rotular um clube e sua torcida usando argumentos discriminatórios e segregativos.
- Atualmente o Corinthians e sua diretoria não financiam ou promovem quaisquer tipo de ajuda para as torcidas organizadas. Antes de 2007, havia uma ajuda com relação ao fornecimento de ônibus para deslocamento da torcida para outros estados.
- A Conmebol puniria o Corinthians da mesma maneira se o fato tivesse ocorrido no Pacaembú e um corinthiano fosse morto por um sinalizador atirado da torcida adversária. As punições das entidades desportivas são impostas sem critério.
- A ação de um torcedor não pode ser rotulada para toda uma organizada e sequer de toda uma torcida. Se um jornalista comete um crime, significaria que toda a categoria de jornalistas também seriam criminosos?
E se é para encontrarmos um culpado, que coloquemos os pingos nos “ís”, pois Oruro não tem as especificações de a Conmebol exige, tanto com relação ao aeroporto local, o estádio e a segurança, ou seja, sem o jogo, não haveria torcida, nem sinalizador e Kevin estaria vivo. Não teriamos Fiel Liminar, nem jogos com portões fechados e o Corinthians não perderia mais de R$ 2 milhões em arrecadação.
E aí? O Corinthians é culpado? Faça-me o favor… #VaiCorinthians
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