11/29/2012

Ufa, escolheram o Felipão!

Nova comissão técnica tem apoio de 54% dos internautas.

O ex-diretor de seleções, Andrés Sanchez, tinha duplamente razão.

Primeiro em criticar o presidente da CBF por deixar o país, as vésperas do sorteio para a Copa das Confederações, sem um técnico e sem um diretor e/ou coordenador que a representasse. Lembrando que Andrés já anunciava que estava de saída.

E a surpresa que seria anunciada em Janeiro, por recomendação da FIFA e alfinetadas de Sanchez, antecipou o anúncio da dupla Felipão e Parreira. O primeiro alardeado por Sanchez como um dos motivos de sua saída, pois não fora consultado, após ser voto vencido na saída de Mano Menezes.

Particularmente, o fato de Tite não ser o técnico, me deixou aliviado. Sabemos o quanto um técnico entrosado custa ao sair de um time já dentro de um esquema tático e uma filosofia de trabalho.

Porém o alívio contrasta com a decisão da volta de Felipão, premiado por encaminhar o Palmeiras para a Série B, após conquistar uma Copa do Brasil com muita, mas muita sorte.

Um técnico como este, merece ser recompensado pelo passado, mesmo não tendo feito nada significativamente no presente? Isso me lembra o Luxemburgo que viveu anos sob a sombra de um projeto maior que nunca decolou, era mostrar seu currículo e a conta bancária para ser contratado.

O que difere Felipão de Luxemburgo ou até mesmo de Parreira, Zagalo ou Carlos Alberto Torres? Histórico, todos eles tem. Sabem muito de futebol, mas será que estão atualizados em comandar a seleção frente à individualidade Argentina e a coletividade Espanhola?

Mas se Felipão não era o nome, quem eu colocaria? Bom, pelo perfil da atual seleção, que tem estrelas como Lucas, Oscar e Neymar, faria a opção por técnicos que tem mais facilidade de encontrar esquemas de jogo voltados para privilegiar a individualidade. Neste quesito, Abel Braga e Muricy Ramalho seriam os nomes.

E arriscaria com Guardiola? Sim, acho que seria um técnico com sede de mostrar serviço e com o material humano que a seleção oferece, gosto de pensar no Brasil como uma seleção solidária. Até Neymar rende mais quando não fica caindo a toa e compartilha a bola.

Sobre o Parreira, que infelizmente virou o Fernando Henrique Cardoso do futebol, ou seja, já foi o comandante, teve seu prestígio, mas hoje vive sob as sombras e pouco aparece, ficará no cargo que ele mais gosta: o de comentarista esportivo da CBF. Uma pena.

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